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Vice-Presidente realça Cunene como símbolo da luta de libertação da África austral

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Ondjiva- O Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, afirmou neste domingo que a história da resistência à invasão sul-africana registada na província do Cunene, simboliza o marco de início da luta de libertação dos países da África austral.

Em declarações à imprensa, disse que o Cunene representa o símbolo da resistência e da solidariedade para com os povos irmãos, concretização do legado do primeiro Presidente da República, António Agostinho Neto, quando dizia na Namíbia, no Zimbabwe e na África do Sul está a continuação da nossa luta.

Bornito de Sousa lembrou que foi nesta região onde foram efectuados bombardeamentos e travadas batalhas, com particular realce para a  da Cahama e da Môngua.

Entretanto, realçou que o Ministério da Cultura Turismo e Ambiente está a traçar o roteiro sobre os sítios históricos da província do Cunene, a fim de identificar outros locais de batalhas que servirão de referências para visitas turísticas e de pesquisa sobre a história do país.

O Vice-Presidente realçou ainda a importância dos escombros do antigo comissariado do Cunene, como monumento que tráz às novas e velhas gerações os momentos drásticos vividos no período de ocupação sul-africana.

“È fundamental preservar este local de modo que os jovens, as crianças, os estudantes e outras pessoas individuais nacionais e internacionais possam estar em contacto, da história de luta desenvolvida por Angola para libertação da África austral” sublinhou.

Há países como Japão que continuam a celebrar os acontecimentos de Heroshima e Nagasaki, depois de muitos anos e outros da Europa que preservam áreas de destaque da segunda guerra mundial.

Portanto a luta foi feita aqui no Cunene, daí que viemos visitar este local com objectivo de dar relevância e chamar atenção às comunidades sobre este marco que representa a invasão estrangeira no país.

De realçar que foi a 23 de Agosto de 1981, que as forças de defesa e segurança da África do Sul invadiram Angola, numa operação denominada “Protea”, que obrigou a retirada da administração do estado para Castanheira de Pêra (Huíla).

Durante a sua estadia de 24 horas no Cunene, o  Vice-Presidente da República, procedeu a visitas ao memorial do Oihole, aos escombros do antigo comissariado do Cunene.

Na sua jornada de trabalho, o Vice-Presidente constatou igualmente o funcionamento do sistema de transferência de água a partir do rio Cunene, na povoação de Cafu, município de Ombadja.